Você já pensou em ingressar em uma Instituição das instituições com maior prestígio do país, que permite a você viajar pelo país e até para o exterior, com plano de carreira e salário competitivo, e que, além disso tudo, não exige experiência profissional?
Acha que isso é apenas um sonho? Pois saiba que não é!
A Marinha do Brasil abre oportunidades para profissionais formados em várias áreas em todo Brasil, com vagas para os níveis Ensino Fundamental/Médio e Superior. Conforme a necessidade, novos aprovados são convocados.
Por isso, para que você fique bem informado, vamos explicar como fazer parte desse segmento tão concorrido. Confira as orientações a seguir.
Como ingressar na Marinha
Para ingressar na Marinha do Brasil, é preciso que a pessoa preste um concurso público e há duas maneiras de fazê-lo. A primeira é com o objetivo de ser militar de carreira, em que o certame é nacional, e a segunda é para ser militar temporário, em que o concursado serve as Forças Armadas por até oito anos.
No entanto, esse concurso é regional, dentro das áreas dos nove distritos navais. Todas as provas são realizadas pela própria Diretoria de Ensino da Marinha e pelo Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais.
A divisão das carreiras é direcionada assim: oficiais para profissionais com nível superior e praças para aqueles que têm ensino médio. As vagas, tanto para homens quanto para mulheres, são limitadas, sendo exigido idade entre 15 e 36 anos para serem aprovados nos concursos.
Quanto às pessoas interessadas que estão acima dessa idade, até o limite de 45 anos, podem concorrer visando fazer parte dos oficiais temporários.
Os salários podem passar dos R$ 13 mil mais os benefícios para quem está no final da carreira. Porém, quem está no início da carreira e tem ensino médio recebe o valor de um salário-mínimo, sendo que a remuneração tem reajuste anual.
Os concursos que a Marinha do Brasil oferece
Há diversas opções de certames para você concorrer ao longo do ano. Veja a seguir quais são:
- Admissão ao Colégio Naval;
- Admissão à Escola Naval;
- Admissão às Escolas de Aprendizes-marinheiros;
- Quadros Complementares;
- Quadro Técnico de Praças da Armada;
- Quadro Auxiliar de Praças;
- Quadro Técnico do Corpo Auxiliar;
- Médicos no Corpo de Saúde da Marinha;
- Corpo de Engenheiros;
- Corpo de Saúde;
- Quadro de Capelães Navais.
Além de prestar o concurso público e ser aprovado, o candidato deve preencher outros requisitos, como ter boa saúde, condições físicas e boa conduta para poder fazer parte das escolas que apresentaremos a seguir.
Colégio Naval
Localizado em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, o Colégio Naval prepara os alunos do ensino médio nas áreas: intelectual, física, psicológica, moral e militar-naval, para que eles sigam a carreira militar e entrem na Escola Naval como aspirantes.
O curso é em regime de internato, com duração de três anos, abrangendo as áreas:
- acadêmica, em que os adolescentes recebem o conteúdo do ensino médio e as instruções referentes ao preparo militar-naval;
- física, em que os alunos recebem treinamento específico de acordo com a equipe da qual fazem parte, para o desenvolvimento equivalente;
- militar, para receberem instrução de marcha e ensino das cerimônias militares e escala de serviços.
Depois do período de adaptação, os matriculados se tornam alunos de 1º ano, sendo divididos em Companhias e separados por Pelotões. Quem comanda as Companhias e Pelotões são os alunos mais antigos, direcionados pelo Comandante de Companhia, e todos obedecem ao comandante do Corpo de Alunos, que é um oficial superior.
Escola Naval
A Escola Naval, no Rio de Janeiro, tem o objetivo de formar os alunos como oficiais da Marinha para os cargos de Corpo de Armada, Corpo de Fuzileiros Navais e Corpo de Intendentes de Marinha, oportunizando a habilitação militar-naval na área de ciências navais, dentro de um ciclo escolar e pós-escolar.
O aluno, já aspirante, faz o ciclo escolar durante quatro anos em regime de internato. Seu ano letivo é dividido em período de verão e acadêmico. No verão, o aluno realiza diversos estágios de sobrevivência no mar e na selva, como adaptação para aspirantes do 1º ano.
Para os alunos do 2º ano, há outros tipos de estágios, bem como para os de 3º ano, que incluem as viagens de instrução. No período acadêmico, há as atividades de ensino, treinamento físico e formação militar-naval.
Após passar por esses ciclos e pelo período de verão, no terceiro ano o aspirante escolherá as opções de Corpo e de Habilitação, conforme sua ordem de classificação que alcançou no 2º ano. Veja quais são:
- Corpo da Armada com habilitação em mecânica, eletrônica ou sistemas de armas, para exercerem cargos relacionados ao poder naval e seu preparo;
- Corpo de Fuzileiros Navais com habilitação em mecânica, eletrônica ou sistemas de armas, para exercerem cargos relacionados ao poder naval, sendo esse preparo importante principalmente nas operações anfíbias;
- Corpo de Intendentes da Marinha com habilitação em administração, para ser aplicado no preparo do poder naval, com o objetivo de atendimento às atividades logísticas, econômicas, financeiras, patrimonial e de controle interno.
Centro de Instrução Almirante Wandenkolk — CIAW
A CIAW, localizada na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, capacita os oficiais de todos os Corpos e Quadros para as funções determinadas nas Organizações Militares da Marinha e os forma para as carreiras da Marinha do Brasil.
Os oficiais atuam na paz, na guerra e em várias áreas com os alunos já formados pela Escola Naval. Hoje são 500 militares na administração e 500 alunos em formação para a ativa e a reserva, aperfeiçoamento e especialização, além de outras modalidades. São oferecidos cursos direcionados ao:
- Quadro Complementar do Corpo de Intendentes (QC-IM);
- Quadro Complementar do Corpo de Fuzileiros Navais (QC-FN);
- Quadro Complementar do Corpo da Armada (QC-CA);
- Corpo de Saúde da Marinha (CSM);
- Quadro de Capelães Navais do Corpo Auxiliar da Marinha (CapNav);
- Corpo de Engenheiros da Marinha (CEM);
- Quadro Técnico do Corpo Auxiliar da Marinha (CP-T).
Centro de Instrução Almirante Alexandrino — CIAA
A CIAA desenvolve os praças, no Rio de Janeiro, para o exercício da profissão e das funções nas Organizações Militares da Marinha, visando a atuação na guerra e na paz. Atua realizando cursos:
- de formação para praças da ativa e da reserva que foram determinados;
- de especialização e aperfeiçoamento;
- especiais, expeditos e extraordinários.
Escolas de Aprendizes-marinheiros
As Escolas de Aprendizes-marinheiros formam marinheiros para o Corpo de Praças da Armada, visando o guarnecimento dos navios e aeronaves da Marinha do Brasil. Eles executam a manutenção e a operação de equipamentos e sistemas, a conservação de compartimentos e o atendimento de serviços gerais e específicos de bordo.
Além disso, podem ser designados para funções técnicas ou administrativas em organizações militares em terra. Desta forma, são direcionados às escolas situadas em Florianópolis (SC), Vitória (ES), Recife (PE) e Fortaleza (CE). Os aprendizes estudam por um período de 11 meses nesses locais.
Depois dessa fase, os futuros marinheiros farão um teste vocacional e, de acordo com suas classificações, escolherão entre as especialidades que cursarão nos próximos dois anos: mecânica, eletricidade, eletrônica ou apoio.
Depois de atuarem por cinco anos como cabo, podem fazer o curso de habilitação para sargento, com duração de dois meses. Assim, serão promovidos a terceiro-sargento para ingressarem no curso de aperfeiçoamento, que tem duração de seis a nove meses. E, para finalizar, acontece o treinamento de especialização, tornando-o técnico reconhecido pelo MEC.
Após esses estudos e a cada cinco anos, seguindo as exigências e os critérios previstos em leis, poderá ser promovido a segundo-sargento, primeiro-sargento e suboficial.
Corpo de Fuzileiros Navais
Os fuzileiros navais são responsáveis pela segurança de assuntos relativos aos interesses navais no Brasil e estão sempre prontos para ação em terra ou água, sendo conhecidos como anfíbios. Mesmo que o país não esteja vivendo em conflito, eles agem com rapidez diante de qualquer emergência, independente da extensão do nosso litoral ou das redes hidrográficas.
Durante o curso, os alunos fazem diversos tipos de exercícios físicos, assistem a palestras e têm rotinas de atividades intensas em que é exigido respeito pela hierarquia, a fim de se adaptarem à vida militar.
Depois de terminadas as aulas, o aluno é nomeado soldado dos Fuzileiros Navais e está apto a ingressar no Corpo. Neste momento, eles assumem o compromisso de servirem no Serviço Ativo da Marinha por dois anos.
Além do curso para o Corpo de Fuzileiros Navais, há o de formação de sargentos músicos para os candidatos aprovados no concurso dentro da classificação de vagas estabelecidas. Durante esse período, os alunos são praças especiais e recebem instruções por 18 meses em regime de internato, para que haja dedicação exclusiva.
Marinha Mercante
A Marinha Mercante é uma universidade do mar que forma oficiais altamente qualificados, tanto brasileiros quanto estrangeiros que não tenham uma escola do nível em seu país de origem ou cujo país tenha intercâmbio com o Brasil.
Ela atende, por exemplo, a América Central, a América do Sul e parte da África, demonstrando a qualidade profissional dos oficiais lançados no mercado.
Os alunos podem optar por fazerem o curso de náutica ou de máquinas, ambos em sistema de internato por três anos. As atividades de ensino são distribuídas da seguinte maneira:
- acadêmicas, em salas de aula, laboratórios, a bordo de embarcações, plataformas, terminais marítimos, estaleiros e simuladores;
- militares, visando a formação militar-naval e com disciplinas curriculares, embarques, formaturas, cerimônias e eventos cívico-militares, serviço diário, prática de liderança e atividades de rotina das Organizações Militares;
- extraclasse, com aula complementar de palestras, seminários, filmes, visitas, atividades sociais e esportivo-culturais.
Finalizado o curso, é obrigatório o estágio de praticante a bordo de embarcações mercantes na navegação marítima e no apoio marítimo, indicado pelo Centro de Instrução. Após esse ciclo, os alunos são desligados e transferidos para a guarda-marinha na reserva.
Durante os semestres acadêmicos, os alunos são militares, conforme previsto no Estatuto dos Militares, por estarem realizando a formação de oficiais da reserva da Marinha. Assim, ao terminarem o curso, são bacharéis em ciências náuticas e integram o quadro de oficiais da reserva da Marinha do Brasil, como 2º tenentes, mas sem remuneração.
Serviço Militar Voluntário de Oficiais — RM2
É direcionado às pessoas que querem ser voluntárias do serviço militar como oficiais temporários da Marinha. No entanto, deve ter curso superior, bem como:
- ser brasileiro nato;
- ter mais de 18 anos;
- ter, no máximo, seis anos de tempo de serviço militar e/ou serviço público prestado, até a data de sua incorporação.
As vagas são definidas segundo as oportunidades no Brasil para diversas áreas de nível superior.
Serviço Militar Voluntário de Praças — RM2
Os voluntários prestam serviço militar temporário como cabos da Marinha do Brasil para trabalharem em um dos nove Distritos Navais por no máximo oito anos. Porém, as inscrições dos candidatos não garantem nenhum compromisso por parte da Marinha até o começo do estágio da aprendizagem técnica ou de técnicos para praças.
Quem tiver interesse deve ser brasileiro nato ou naturalizado, ter mais de 18 anos, ter concluído o ensino fundamental ou médio e curso de formação continuada de trabalhadores relacionada à profissão que concorre. Deve, ainda, ser registrado no órgão fiscalizador da sua profissão.
Engemarinha: a melhor fonte sobre os concursos da Marinha
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