O que é e como funciona a investigação social em concursos públicos?

Quem está interessado em disputar vagas em áreas jurídicas ou de segurança pública, por exemplo, pensa que apenas uma prova objetiva e uma de redação, junto a exames de aptidão física e mental, serão válidas para a sua aprovação. No entanto, existem outras fases, como a investigação social em concursos públicos, que avalia os candidatos com base em critérios bem rígidos.

Para não ser surpreendido durante todo o processo de seleção, é melhor se preparar e ficar ciente com relação ao que é averiguado. Afinal, ao conhecer os requisitos necessários para a participação dos candidatos, você consegue saber com antecedência se há possibilidades de eliminação, conforme sua situação.

Pensando nisso, separamos algumas dicas úteis para entender melhor o que é essa etapa, como funciona, por que é importante e o que fazer para evitar problemas quanto a isso. Confira todas essas informações na sequência e tire as suas dúvidas sobre o assunto para facilitar sua aprovação. Boa leitura!

Entenda o que é a investigação social em concursos públicos

A investigação social está presente em todos os concursos públicos, principalmente nos que têm relação com a área de Segurança Pública. Por meio de informações coletadas por diversas vias, a medida tem como objetivo a averiguação dos atos sociais e profissionais do candidato para exercer o cargo de interesse.

Essa análise começa desde a inscrição no concurso e é concluída apenas depois da nomeação do servidor. Portanto, a pessoa corre o risco de ser eliminada em qualquer fase, mesmo tendo sido aprovada.

Saiba como é feita

O início da investigação é dado no momento em que é preenchida uma ficha totalmente sigilosa, com informações pessoais que se referem à residência, a relações familiares, à escolaridade, à situação financeira, a implicações legais e jurídicas e até a detalhes da aparência.

Nesse documento, o candidato deve ser o mais transparente e honesto que puder, pois, se for detectada qualquer omissão ou algum dado falso, por menor que seja, ele é reprovado no mesmo instante.

Mas não para por aí. Também são coletadas informações em antecedentes criminais nos sistemas informatizados da Polícia Federal, que alegam se determinada pessoa tem registros de algum delito. Alguns concursos exigem que a boa conduta social e moral seja atestada pelas autoridades.

Caso haja algo e seja feita uma eliminação, a banca examinadora deve argumentar sobre as razões que levaram a essa decisão. Se não houver explicações detalhadas ou se os princípios constitucionais forem feridos, esse ato será ilegal e, portanto, anulado, podendo você contestá-lo em vias administrativas e judiciais.

Entenda quais são os limites dessa investigação

Por considerar a vida social e privada de quem tem interesse em exercer uma função pública, há limites para averiguar tudo isso. Nesse caso, não podem ser eliminadas pessoas avaliadas pela sua conduta de forma totalmente livre de opinião ou mesmo não se pode afirmar que alguém condenado no passado ou que está inadimplente não possa ser contratado por não se adequar àquela tarefa.

Tratando-se de pessoas com nome inscrito no SERASA/SPC, a Lei Federal nº 8.112 de 1990, que determina os requisitos necessários aos candidatos, não impede sua contratação em cargos públicos — desde que esses não sejam em bancos estatais ou estaduais. No entanto, a única exigência é assinar um termo se comprometendo em pagar as dívidas dentro do prazo estipulado.

Conheça os cuidados para evitar problemas na investigação social

Agora que você sabe que praticamente quase todas as suas ações atuais e do passado são analisadas, é preciso saber quais critérios podem desclassificar uma pessoa de um concurso. Confira alguns cuidados a seguir.

Não publique blasfêmias e acusações infundadas nas redes sociais

Uma boa parte das pessoas gosta de se expressar nas redes sociais, que podem ser utilizadas para o bem e para o mal. Portanto, antes de se inscrever nos concursos, dê uma lida geral nos seus posts e remova o que envolver acusações infundadas ou insultos às religiões.

Faça ajustes nas suas reclamações na internet. Aquele que reclama de tudo, independentemente do assunto, é visto como um mau funcionário, que, mais cedo ou mais tarde, falará algo ruim da empresa.

Use espaços públicos na internet de forma construtiva

Se o que é negativo chama atenção, os posts positivos também podem ser julgados. Em meio a tantas publicações diárias sem nexo e com pouca relevância, não deixe de publicar o que agrega valor, como pesquisas, dicas de livros, notícias verdadeiras etc.

Não compartilhe conteúdos íntimos seus e de outras pessoas

Evite expor sua intimidade e a de outras pessoas, pois, a partir do momento da sua contratação, você representará os órgãos públicos e precisará ter uma postura responsável e com credibilidade. Isso é justamente o que a banca examinadora avalia.

Não omita informações importantes da sua vida pregressa

A vida pregressa diz respeito à vida criminal, passível de processos. Dentre essas condutas, estão as pessoas que usam com frequência substâncias tóxicas, com pendências militares, alcoólatras, traficantes ou procurados pela justiça. Sendo assim, não se esqueça de relatar algum fato relevante.

Não cometa atos ilícitos

Seria muita discordância uma pessoa que faça apologia, use ou cometa crimes envolvendo drogas tomar posse de um cargo importante na carreira militar para atuar no combate a esse ato ilícito. Para a banca examinadora, as chances de o indivíduo ser corrompido são maiores, por isso, não esteja envolvido com esse tipo de situação.

Saiba a importância dessa etapa nos concursos públicos

A investigação social é uma das fases mais importantes nos concursos públicos, inclusive nos da Marinha, por ser eliminatória. Essa etapa é totalmente necessária, considerando que as condutas de quem exerce a função em um órgão público são respeitadas e estimadas pela sociedade.

Quando um concursado começa a trabalhar, ele passa a ser um representante da Lei e, por esse motivo, precisa ter um histórico de boa conduta impecável. Afinal, as pessoas que já tiveram problemas criminais no passado não transmitem uma imagem de confiança e segurança.

A investigação social em concursos públicos não pode ser negligenciada, pois é nesse momento que o concursado é avaliado e julgado se está apto a trabalhar em um cargo público. Para não ser desclassificado, você precisa ter idoneidade moral e pode se basear nas dicas dadas neste post.

Se esse post foi útil e você quer mais dicas de preparação para concursos públicos, siga as nossas páginas nas redes sociais — InstagramYouTube para Engenheiros e YouTube para outras áreas — e tenha acesso a mais conteúdos como este!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *