Saiba quais são os erros de português mais comuns em concursos

Muitas vezes, o que pode ser determinante para o candidato em um concurso público não é responder corretamente as questões ou fazer uma excelente redação. O certame também considera os detalhes do texto apresentado e a maneira como ele foi escrito. Isso, inclusive, costuma ser motivo suficiente para reprovar muita gente que poderia ter se dado bem, se não fossem alguns erros de português mais comuns encontrados nos certames

Por isso, dominar a língua portuguesa — ou, ao menos, ter segurança no idioma escrito —, é indispensável para garantir os pontos que faltam para a classificação ou, então, para diferenciar um candidato do outro no resultado final. Logo, se você pretende se tornar um engenheiro da Marinha, é importante ficar atento a esse quesito.

Para ajudá-lo na preparação, este post mostra quais são os erros de português mais comuns nos concursos públicos e o que levar em conta na hora de estudar para as provas. Acompanhe!

Quais são os erros de português mais cometidos?

Alguns deslizes na língua portuguesa — muitos deles, por falta de atenção — acabam por comprometer a nota final dos candidatos. Então, sempre é válido dar uma revisada em algumas regrinhas básicas para evitar problemas na hora de responder a questões dissertativas ou, até mesmo, no momento de escrever a redação.

Ortografia

A ortografia usada em um texto ou em uma redação é a melhor maneira de o examinador avaliar se o candidato tem realmente domínio da língua portuguesa. Isso porque os meros erros de escrita são capazes de indicar se ele tem a mínima habilidade de enviar e-mails ou redigir relatórios, por exemplo.

Esse tipo de problema costuma ser resolvido quando a pessoa alimenta o hábito de ler jornais, revistas e livros com conteúdo de qualidade, o que, indiretamente, também expande a sua visão de mundo.

Então, se você pretende se inscrever em um concurso específico que tenha prova escrita, acostume-se, desde já, a praticar a leitura e a escolher materiais de boa qualidade gramatical. Isso ajuda a praticar a escrita e a fixar na memória algumas regras da língua portuguesa.

Veja alguns deslizes e confusões mais comuns encontrados nas provas de concurso:

  • no emprego de ch e x: cheque e xeque, por exemplo;
  • no emprego de ç, ss e s: seção, sessão e pretensão, por exemplo;
  • no emprego de g e j: viagem e viajar, por exemplo;
  • no emprego de “mas” e “mais“: o primeiro é um advérbio que indica contrariedade, e o segundo indica soma;
  • no emprego de “a gente” e “agente“: a primeira representa “nós”, e a segunda indica um profissional;
  • no emprego de “com certeza” e “concerteza“: a segunda forma não existe em nenhum contexto e está equivocada.

O mais indicado, nesses casos, é anotar as palavras que você mais costuma confundir e dar uma revisada sempre que possível.

Interpretação

Além da ortografia, outra maneira de as bancas avaliarem seus candidatos é por meio da interpretação. Muita gente, infelizmente, tem dificuldade de interpretar de forma correta o que o enunciado está pedindo — e isso não está restrito só às questões dissertativas e à redação. Mais uma vez, a dica, aqui é alimentar o hábito da leitura para praticar também esse quesito.

No entanto, muitos dos erros de interpretação também se dão pela falta de atenção. Quando o candidato lê com rapidez e sem paciência o texto do enunciado, é muito comum que deixe passar detalhes importantes do que está sendo pedido. O essencial, então, é sempre lembrar que o enunciado serve de guia para responder às questões de maneira correta e clara.

Por isso, a primeira coisa a ser feita é sublinhar os verbos de comando, que indicam o que a questão está pedindo: indicar, justificar, explicar etc. Depois, destaque também os demais detalhes do enunciado, como a história que está sendo contada. Às vezes, o candidato tem a impressão de saber a resposta já na primeira frase, mas se esquece de dar a mesma atenção ao que vem depois. E, em muitas situações, é o que costuma mudar todo o contexto, induzindo ao erro.

Acentuação

O que mais confunde os concurseiros no quesito acentuação é, de longe, o uso da crase. Então, cuidado! Procure sempre se lembrar de uma das regras mais básicas de crase e que resolve metade dos problemas: o artigo “a” só será craseado quando a palavra que vier na sequência for feminina.

Além disso, ele também deve acompanhar o singular ou o plural dessa palavra posterior. Ou seja: não haverá crase se o artigo for singular, e a palavra estiver no plural. No entanto, fique atento a algumas exceções. Sempre que possível, dê uma revisada nelas.

Verbos

Alguns verbos são campeões em causar confusão. O uso do “haver” é o exemplo mais clássico. Isso porque muitas pessoas seguem a regra de concordância dos demais verbos, que acompanham a pessoa que está praticando a ação: “eu comprei” (singular + singular) ou “eles foram” (plural + plural), por exemplo.

No entanto, o verbo “haver” não segue essa regra, e é aí que está a pegadinha. Quando faz sinônimo com “ocorrer” e “existir”, como acontece na maioria dos casos, ele é sempre impessoal. Isso indica que o sujeito que pratica a ação é inexistente e, portanto, a conjugação fica sempre na 3ª pessoa do singular: “houve mudanças” (singular + plural), por exemplo. 

Por isso, é importante dedicar uma atenção maior ao verbo “haver” na rotina de estudos para evitar erros gramaticais na hora da prova.

Pronomes

As bancas examinadoras também costumam cobrar bastante o uso dos pronomes, já que nem todo mundo sabe utilizar corretamente as regras de colocação que os envolvem. A confusão geralmente está em trocar o “tu” pelo “você” na mesma frase, mas também há quem erre todos os demais pronomes oblíquos átonos.

O que você precisa guardar, basicamente, é que:

  • o “lhe” e o “o/a” sempre dizem respeito a “você”.
  • o “te” está relacionado ao “tu”.

Outro motivo de confusão é onde usar o pronome: se antes, depois ou no meio do verbo. Por isso, estude as regras que os atraem para cada um desses lugares. São, portanto, a próclise (quando o pronome vai antes do verbo), a ênclise (quando vai depois) e a mesóclise (quando vai no meio).

Às vezes, tão importante quanto dominar o conteúdo técnico é saber interpretá-lo e apresentá-lo à banca avaliadora. Os concursos públicos gostam de fazer esse teste com os candidatos.

Por isso, se você tiver qualquer dúvida na maneira como se escreve alguma palavra ou algum verbo na hora da prova, não arrisque — procure sempre substituí-lo por outro que você domine. O segredo é não correr o risco de cair nos erros de português mais comuns praticados nas provas. Isso porque, como você já sabe, a diferença no desempenho do primeiro e do segundo colocado pode estar em uma única questão.

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